INSTITUTO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM ÁREAS ÚMIDAS II (INCT- INAU II): INOVAÇÕES EM PESQUISA, MANEJO E POLÍTICAS PÚBLICAS EM ÁREAS ÚMIDAS
Dentro da concepção do Programa dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia do Brasil, o Instituto de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas – INCT-Áreas Úmidas (ou
INAU) vem se destacando nas pesquisas em áreas úmidas, notadamente sobre o Pantanal, uma das maiores áreas úmidas do planeta.
O desenvolvimento político, econômico e social do Brasil, e o desenvolvimento científico nacional e internacional nos últimos anos exigem, hoje, de um Instituto Nacional de
Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INCT-Áreas Úmidas), líder no que se propõe, que realize estudos contemplando o estado da arte em sua área de atuação, de impacto nacional e internacional. Além disso, este Instituto deve realizar atividades científico-políticas, que apoiem as políticas públicas nacionais em andamento, e estimulem novas abordagens que reforcem a posição nacional frente aos países vizinhos, e frente as instituições internacionais atuantes no tema.
O INAU, em ação desde 2009, reflete hoje a seguinte realidade:
Congregou cientistas de várias instituições de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para realizar estudos ecológicos sobre Áreas Úmidas (AUs) de forma coordenada.
Desenvolveu trabalhos científicos, de ensino, e de intercâmbio com a comunidade científica nacional e internacional e de disseminação para a comunidade leiga.
Ocupou e preencheu uma lacuna no cenário científico brasileiro, até agora inexistente, estimulando e coordenando as atividades científicas em nível nacional
sobre AUs, sem interferir nas atividades das instituições individuais.
Estimulou a cooperação entre os centros nacionais para responder, de forma satisfatória, às exigências políticas em respeito ao manejo sustentável e a proteção
das AUs, e para aconselhar o governo federal e os governos estaduais com respeito à formulação de leis e portarias que tratam das AUs brasileiras.
Assumiu papel de liderança na formulação do programa científico do Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal (INPP), unidade de pesquisa do MCTIC, sendo implantado no campus da UFMT em Cuiabá-MT.
Reforçou e liderou a rede nacional de cooperação sobre AUs por meio da proposta de fundação e administração temporária, na qualidade de secretaria executiva, da
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ÁREAS ÚMIDAS (ASSOBRAU).
Estabeleceu o CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁREAS ÚMIDAS (CONBRAU), e organizou dois eventos em Cuiabá e em Brasília, entre os anos de 2012 a 2018.
Neste sentido, a atual configuração do INAU, que atua em níveis Regional (Pantanal e Cerrado) e Nacional, vem desenvolvendo atividades que resultarão em mudanças consideráveis no panorama científico regional e nacional com respeito às AUs, tais como:
1. Criar inovações tecnológicas e conceituais no Pantanal e na BAP.
2. Ampliar a formação de recursos humanos de alto nível.
3. Estimular o progresso científico e tecnológico sobre AUs em nível regional, nacional e
internacional.
4. Reforçar a cooperação entre as instituições científicas brasileiras e estrangeiras trabalhando em AUs.
5. Reagir de uma forma proativa para as novas exigências da sociedade brasileira em respeito ao desenvolvimento político social frente ao manejo sustentável e a proteção das AUs.
6. Elaborar propostas concretas para enfrentar problemas práticos, e.g. do abastecimento com água potável da população brasileira de uma forma sustentável e ecologicamente correta.
7. Contribuir para a superação das assimetrias regionais em C,T&I.
8. Dar voz pública para a comunidade científica trabalhando sobre AUs, nas discussões científicas e políticas, por meio da fundação da ABRAU.
9. Formar recursos humanos de alto nível que atuarão na academia, em órgãos de governo e no setor privado.
10. Disseminar o conhecimento produzido para o público leigo e atrair jovens talentos através de atividades nos ensinos fundamental e médio.
11. Estabelecer parcerias com o setor produtivo através das patentes que deverão ser registradas.
Para contemplar de maneira eficiente os atuais desafios, o INCT atua para reforçar e ampliar as cooperações científicas e políticas em andamento, e redirecionar a sua abordagem científica e estratégica da seguinte forma:
1. Concentrar-se em projetos de pesquisas inovadores, refletindo o estado da arte sobre AUs e que não podem ser realizadas adequadamente por cientistas ou
instituições individuais.
2. Diversificar e completar a sua rede de pesquisadores pela inclusão de especialistas líderes, de alto nível, incluindo também cientistas fora das instituições científicas de
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, abrangendo todo o território nacional.
3. Combinar os estudos ecológicos com atividades nas áreas de manejo sustentável e políticas públicas e jurídicas em AUs.
4. Buscar integrar ao estudo das áreas de manejo sustentável e da caracterização da biodiversidade, o incentivo a pesquisas que visem à descoberta de novos
potenciais econômicos, o qual se inclui novas patentes de produtos e processos.
5. Ampliar a cooperação com instituições de renome internacional, contribuindo fortemente para o processo de internacionalização das instituições brasileiras
envolvidas.
6. Ampliar a classificação das AUs para todos os estados brasileiros.
O “Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas II (INCT-INAU II):
Inovações em Pesquisa, Manejo e Políticas Públicas em Áreas Úmidas”, representa a continuidade ao trabalho iniciado em 2009 pelo INCT- Áreas Úmidas (INAU), e tem como
missão principal, “produzir, transmitir e disseminar conhecimentos, formando recursos humanos de alto nível, de modo a subsidiar a tomada de decisão para a elaboração de
marcos regulatórios que garantam a conservação, o uso sustentável, a recuperação e a supervisão/monitoramento das Áreas Úmidas”.
A rede que compõe o INAU II está constituída por 42 instituições de ensino e pesquisa, sendo 24 estrangeiras, oriundas de todos os continentes (exceto África)
e 18 nacionais, sediadas em todas as regiões do país.